É certo que o segmento do colecionismo de toys e afins no Brasil ainda está engatinhando em comparação aos EUA e outros países de 1º Mundo, mas vejo também como um hobby emergente.
Em contraponto, de um lado temos uma postura completamente retrógrada por parte de quem deveria ter maior interesse, muitos fabricantes e distribuidores do ramo. Uma grande parcela ainda vê seu principal público alvo consumidor nas crianças, não acordaram para explorar o público colecionador que consome seus produtos todos os meses do ano, e não somente em esporádicas ocasiões e datas específicas. De outro lado temos uma parcela de colecionadores que atuam de forma ainda imatura.
Temos os colecionadores mais experientes e maduros, que cultuam o hobby de forma séria mas não obsessiva, sabem ter paciência e esperar as melhores oportunidades para adquirir seus itens mais desejados, sabem o quanto de seu orçamento podem destinar ao hobby sem comprometer suas despesas e compromissos pessoais mais importantes, sabem encarar o hobby como diversão e não obrigação. Para um colecionador de verdade, eu creio que o maior valor de um item de sua coleção é o seu valor histórico, na conotação nostálgica e afetiva no item em si e o que o mesmo representa para sua história pessoal, e não no valor monetário da peça...O valor monetário é mero detalhe que determina quando e se a peça pode ser adquirida.
Temos também os colecionadores acumuladores, muitos que não fazem ideia do que tem em seus acervos pessoais, ao ponto de comprar peças em duplicata por "esquecer" que já as possuíam. Seu prazer está na quantidade e não na qualidade...Compram figuras de personagens que nem conhecem, ou as vezes nem gostam tanto, HQs que nunca leram, filmes que demoram anos para ver...Pois o objetivo principal é "completar" as supostas coleções...Independente da importância individual no conteúdo das mesmas.
E temos os colecionadores compulsivos, esses são os famosos compradores compulsivos, que, como em qualquer bem de consumo, estão também entre os consumidores de toys e afins. Seu prazer está somente no ato da compra, na aquisição do item...Após isso, o item em si é quase peso morto para a pessoa...Que corre atrás da próxima compra, e da próxima, e assim por diante...Até chegar ao ponto de ter uma coleção completa ou quase completa...e vender tudo, as vezes muito abaixo do que valem ou pagaram (pra sorte dos verdadeiros colecionadores) e começar do zero outra coleção. Esse caso já é patológico e precisa de ajuda profissional, o problema é que na maioria das vezes a pessoa não reconhece isso como um problema, e justifica para si próprio e outros através do argumento que é um "colecionador".
No meio disso tudo, temos os "Atravessadores", ou como dizemos na gíria do meio, os "Scalpers"...Aqueles que aprenderam a tirar proveito dos obsessivos e acumuladores, que precisam completar as suas coleções a todo custo, e dos incontroláveis compulsivos, que precisam comprar determinado item antes que acabe. Com isso, todos são prejudicados...Todos colecionadores...sejam experientes, iniciantes, acumuladores ou compulsivos, não importa, todos perdem e só os espertos Scalpers ganham.
Em contraponto, de um lado temos uma postura completamente retrógrada por parte de quem deveria ter maior interesse, muitos fabricantes e distribuidores do ramo. Uma grande parcela ainda vê seu principal público alvo consumidor nas crianças, não acordaram para explorar o público colecionador que consome seus produtos todos os meses do ano, e não somente em esporádicas ocasiões e datas específicas. De outro lado temos uma parcela de colecionadores que atuam de forma ainda imatura.
Temos os colecionadores mais experientes e maduros, que cultuam o hobby de forma séria mas não obsessiva, sabem ter paciência e esperar as melhores oportunidades para adquirir seus itens mais desejados, sabem o quanto de seu orçamento podem destinar ao hobby sem comprometer suas despesas e compromissos pessoais mais importantes, sabem encarar o hobby como diversão e não obrigação. Para um colecionador de verdade, eu creio que o maior valor de um item de sua coleção é o seu valor histórico, na conotação nostálgica e afetiva no item em si e o que o mesmo representa para sua história pessoal, e não no valor monetário da peça...O valor monetário é mero detalhe que determina quando e se a peça pode ser adquirida.
Temos também os colecionadores acumuladores, muitos que não fazem ideia do que tem em seus acervos pessoais, ao ponto de comprar peças em duplicata por "esquecer" que já as possuíam. Seu prazer está na quantidade e não na qualidade...Compram figuras de personagens que nem conhecem, ou as vezes nem gostam tanto, HQs que nunca leram, filmes que demoram anos para ver...Pois o objetivo principal é "completar" as supostas coleções...Independente da importância individual no conteúdo das mesmas.
E temos os colecionadores compulsivos, esses são os famosos compradores compulsivos, que, como em qualquer bem de consumo, estão também entre os consumidores de toys e afins. Seu prazer está somente no ato da compra, na aquisição do item...Após isso, o item em si é quase peso morto para a pessoa...Que corre atrás da próxima compra, e da próxima, e assim por diante...Até chegar ao ponto de ter uma coleção completa ou quase completa...e vender tudo, as vezes muito abaixo do que valem ou pagaram (pra sorte dos verdadeiros colecionadores) e começar do zero outra coleção. Esse caso já é patológico e precisa de ajuda profissional, o problema é que na maioria das vezes a pessoa não reconhece isso como um problema, e justifica para si próprio e outros através do argumento que é um "colecionador".
No meio disso tudo, temos os "Atravessadores", ou como dizemos na gíria do meio, os "Scalpers"...Aqueles que aprenderam a tirar proveito dos obsessivos e acumuladores, que precisam completar as suas coleções a todo custo, e dos incontroláveis compulsivos, que precisam comprar determinado item antes que acabe. Com isso, todos são prejudicados...Todos colecionadores...sejam experientes, iniciantes, acumuladores ou compulsivos, não importa, todos perdem e só os espertos Scalpers ganham.
Peças muitas vezes não tão raras acabam sendo inflacionadas demais em seus valores, a quantidade das mesmas distribuídas é razoável
e até suficiente para suprir a demanda dos que as querem, mas uma
parcela grande acaba nas mãos dos tais atravessadores, que é claro, vão
tirar proveito da ansiedade de muitos para faturar um lucro
significativo.
No geral, as maiores dificuldades de cultuar um hobby de colecionar action-figures, toys e afins, é causada pelos próprios colecionadores...Isso não é de hoje, já acontece há anos...Mas com o crescimento e popularidade maior do hobby, difundido amplamente nos tempos atuais pela Internet, as dificuldades crescem na mesma proporção.
No geral, as maiores dificuldades de cultuar um hobby de colecionar action-figures, toys e afins, é causada pelos próprios colecionadores...Isso não é de hoje, já acontece há anos...Mas com o crescimento e popularidade maior do hobby, difundido amplamente nos tempos atuais pela Internet, as dificuldades crescem na mesma proporção.
Na verdade, não existe uma forma certa ou errada de se colecionar algo...Mas há formas mais positivas de se cultuar um hobby.
E após mais de 20 anos colecionando, acertando e errando, aprendi algumas.
Valorizar um item antigo, vintage, fora de linha de produção e de um fabricante extinto é compreensível...Mas supervalorizar um item que foi lançado há pouco tempo, de uma coleção em distribuição, de uma linha em produção por um fabricante ativo...É dar um tiro no próprio pé como colecionador.
E após mais de 20 anos colecionando, acertando e errando, aprendi algumas.
Valorizar um item antigo, vintage, fora de linha de produção e de um fabricante extinto é compreensível...Mas supervalorizar um item que foi lançado há pouco tempo, de uma coleção em distribuição, de uma linha em produção por um fabricante ativo...É dar um tiro no próprio pé como colecionador.
Os chamados toys colecionáveis, sejam figuras articuladas, miniaturas em metal ou plástico estáticas, réplicas de carros e veículos diversos, ou estátuas e bustos de resina ou porcelana, etc...Compõem um mercado bem instável e imprevisível...Uma peça que hoje custa um valor alto pode estar muito barata depois de algum tempo e vice-versa. Tudo depende da demanda e procura. Então não existe uma fórmula de negócios na qual um item certamente será mais valorizado com o tempo, ou ficará muito raro. Então para os Scalpers o interesse é tirar proveito do momento de sucesso de uma coleção e da ansiedade dos interessados na mesma.
O valor que alguém pede por um item, nem sempre é o que o item realmente vale, por isso é interessante sempre o colecionador realmente conhecer o item que deseja, se realmente o valor pedido condiz com a realidade, se trata-se de algo realmente raro...Pois se há quem abusa em valores pedidos, é porque há quem aceita pagar tais valores...Uma vez que não existam compradores interessados, as opções do vendedor são duas, ou reduzir para um preço justo e condizente, ou ficar com o mesmo encalhado.
O valor que alguém pede por um item, nem sempre é o que o item realmente vale, por isso é interessante sempre o colecionador realmente conhecer o item que deseja, se realmente o valor pedido condiz com a realidade, se trata-se de algo realmente raro...Pois se há quem abusa em valores pedidos, é porque há quem aceita pagar tais valores...Uma vez que não existam compradores interessados, as opções do vendedor são duas, ou reduzir para um preço justo e condizente, ou ficar com o mesmo encalhado.
Vi muitos justificando o preço alto pago, por medo de não conseguir mais o tal item depois. Isso realmente pode acontecer...Mas...É muito mais provável um item similar ou ainda "melhor" chegue ao mercado...Isso acontece sempre...Linhas hoje tidas como as melhores, amanhã serão vistas como algo simplório...é o processo natural de evolução que acontece em tudo.
A quantidade é uma consequência natural do colecionismo, essa vem com o tempo sempre...E com isso, também uma das maiores dificuldades que todo colecionador enfrenta cedo ou tarde, a limitação de espaço físico para acomodar sua coleção. Então colecionar de forma seletiva sempre é uma boa opção, isso não vai impedir do colecionador enfrentar o problema, mas vai retardá-lo mais tempo.
A quantidade é uma consequência natural do colecionismo, essa vem com o tempo sempre...E com isso, também uma das maiores dificuldades que todo colecionador enfrenta cedo ou tarde, a limitação de espaço físico para acomodar sua coleção. Então colecionar de forma seletiva sempre é uma boa opção, isso não vai impedir do colecionador enfrentar o problema, mas vai retardá-lo mais tempo.
E por fim, uma regra simples da vida...A gente recebe o que dá. O ato de colecionar algo já é por sua natureza algo egoísta mesmo, afinal colecionamos o que gostamos para nós mesmos...Mas, é possível tirar coisas positivas do hobby, principalmente consolidando amizades. É perfeitamente natural como em qualquer segmento social encontrarmos pessoas boas e más no meio do colecionismo, os generosos e os egoístas, os justos e os oportunistas, os honestos e os invejosos...Mas a maneira como nos portamos acaba agregando ou afastando naturalmente com quem convivemos. Quem ajuda, compartilha e doa, seja conhecimento ou bens materiais sempre ganha na mesma proporção...E quem só pensa em si e no que pode ganhar, termina só, como uma grande coleção de amigos de plástico e de veículos em miniatura que não levam a parte alguma.
O valor de uma pessoa está no que ela é...Não no que ela tem!
O valor de uma pessoa está no que ela é...Não no que ela tem!
Para o crescimento do colecionismo como algo positivo e bom, é fundamental uma postura positiva e boa do colecionador...Quem mais ganha é o mesmo.