Crítica: Os Vingadores-"O Filme"!
O Sala de Justiça-Br assistiu ao filme "Os
Vingadores" a convite da Disney Brasil e da Hasbro, numa sessão exclusiva
para jornalistas, no último dia 24. Em respeito aos nossos leitores, o texto
abaixo não contém spoilers.
Há quase 50 anos, Stan Lee e Jack Kirby reuniram alguns de
seus maiores personagens para criar aquele que se tornou o maior grupo de
Super-Heróis da Marvel, os Vingadores. Em setembro de 1963, a HQ The Avengers
#1 reunia Thor, Homem de Ferro, Vespa, Homem-Formiga e Hulk com a premissa de unir
esforços sempre que surgir uma ameaça que nenhum deles poderia enfrentar
sozinho, posteriormente o Capitão América foi o primeiro recrutado pelo grupo.
Desde então, o grupo nas HQs passou por dezenas de formações, onde praticamente
todos principais heróis Marvel passaram algum momento como um Vingador, assim o
supergrupo se consolidou como "Os Heróis mais Poderosos da Terra" no
universo Marvel.
O filme que adapta esse grandioso grupo para os cinemas
estreia nessa sexta-feira, dia 27 de abril, e só pode ser comparado a
superproduções como Star Wars e O Senhor dos Anéis, mas não no formato de uma
grande saga retratada em uma ou mais trilogias, vai muito além disso, foi
criado a partir dos filmes solos dos principais heróis do grupo, dando origem a
uma versão do universo Marvel nos cinemas coeso como nos quadrinhos.
O projeto começou em 2008 com o filme Homem de Ferro (com
Robert Downey Jr.), seguido por O Incrível Hulk (com Edward Norton), Homem de
Ferro II, Thor (com Chris Hemsworth) e Capitão América (com Chris Evans),
apresentando individualmente cada herói ao grande público, e criando
importantes personagens coadjuvantes e elementos da trama que ligam todas essas
produções até Os Vingadores. Dessa forma, o grande público já conhece os
personagens, suas origens, poderes, motivações e personalidade, e diversos
elementos e personagens de seus filmes solo, que somados dão origem a trama,
assim, na história de Os Vingadores, não se perde tempo apresentando
personagens e fatos, e tudo resulta em um roteiro muito bem construído em dos
projetos mais ambiciosos da história do cinema, e já temos certeza também um
dos mais bem sucedidos.
Mas não pense que Os Vingadores são apenas 142 minutos de
ação e fantásticos efeitos especiais, há tempo para diálogos memoráveis, uma
das grandes características da Marvel nos quadrinhos. Há o alívio cômico em
piadas verbais e físicas, mas que fluem de forma natural, espontânea, muito
longe de diferente de situações e piadas forçadas presentes em produções contemporâneas
do gênero.
Outro fato presente no filme, que também é muito similar e
comum na HQs Marvel, são os heróis se enfrentando antes de se conhecer e unir
suas forças, há combates que remetem a momentos clássicos dos quadrinhos, os
confrontos de Vingador contra Vingador, tanto verbais como físicos, estão entre
as melhores partes do filme.
Além dos heróis mais conhecidos, tanto a Viúva Negra
(Scarlett Johansson), apresentada em Homem de Ferro II como coadjuvante, como o
Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), que faz uma aparição muito rápida em Thor, tem
destaque e grande importância, alias, esse é outro mérito do filme, para quem
temia maior destaque para um ou outro personagem, em Vingadores isso não
existe, assim como nos quadrinhos, o grupo atua como grupo, onde todos os
heróis tem papel fundamental para vencer as batalhas. Mesmo personagens
secundários como Phil Coulson (Clark Gregg), presente desde Homem de Ferro em
2008, e Maria Hill (Cobie Smulders), ambos agentes da S.H.I.E.L.D., tem
participações muito especiais na trama.
Mark Ruffalo, único ator novo na trama entre os heróis
principais, que substitui Edward Norton no papel do atormentado Dr. Bruce
Banner, alter ego do Hulk, é outra grata surpresa, sua interpretação do
personagem é de longe superior a de Eric Bana e Norton, os últimos dois Banners
do cinema, e em diversos momentos, seu biotipo e atuação, retratado como médico
e cientista, lembram muito o inesquecível Bill Bixby, o Dr. David Banner do
clássico seriado setentista. Já sua contraparte, o Incrível Hulk, faz mais que
justiça ao adjetivo "Incrível", quando surge, o Golias Esmeralda
rouba a cena, mais verossímil do que nunca, é sem dúvida a melhor versão
cinematográfica do herói monstruoso, o que deveria ser em seus filmes
anteriores, e que sem dúvida merecia uma nova versão solo nesse molde com
Ruffalo como Banner.
Loki (Tom Hiddleston) está impecável como um dos maiores
vilões do universo Marvel, maligno, manipulador, egocêntrico e vingativo.
Embora tenha vários elementos inspirados na versão Ultimate
dos Vingadores (Supremos no Brasil), há um perfeito amálgama com elementos
clássicos dos personagens, que em diversos momentos do filme, nos remetem as
fases mais marcantes do grupo nas HQs imortalizadas por nomes como Roy Thomas,
Marv Wolfman, Roger Stern, George Perez, John Buscema, Jim Starlin entre
outros.
Os Vingadores já é aclamado por muitos fãs e críticos como o
melhor filme de super-heróis de todos os tempos, sem dúvida o mais grandioso
projeto do gênero já realizado, um sonho de muitos fãs, Joss Whedon mostra e
prova como se pode adaptar uma HQ de Super-Heróis para o cinema, preservando a
essência da fantasia e ficção do gênero.
E quando o filme termina...Após poucos minutos
dos créditos...Vem a cena pós-crédito (que se tornou marca registrada dos
filmes da Marvel), que mostra que algo ainda mais grandioso está por vir...Algo
que mesmo que conte, poucos vão acreditar ser verdade...É ver para poder crer!
É certo que a Marvel inova, e mostra audácia e coragem criando o que muitos só
sonharam...Que sirva de exemplo a ser seguido! Os Vingadores é imperdível!
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